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1 de fevereiro de 2010

A Geração dos Gordos

De uns tempos pra cá, muito tem se falado sobre o aumento do peso médio da população no Brasil. O número de pessoas acima do peso, obesas e obesas mórbidas cresceu consideravelmente nos últimos 10, 15 anos. Como bom atleta de fim de semana, também estou começando a ostentar uma charmosa (NOT) e discreta (NOT) barriguinha e, pensando no fenômeno do "engordecimento" do mundo, resolvi pontuar algumas causas para esse problema de saúde pública.

Primeiro e mais importante, é preciso entender que o cotidiano cada vez mais acelerado das pessoas influencia muito sua alimentação. Se o sujeito só tem uma hora de almoço, dificilmente ele irá até sua casa comer alguma coisa saudável. Pelo contrário, ele irá procurar o lugar razoável mais próximo - e o mais próximo de razoável que ele conseguir encontrar - e comer arroz com bife e batatas fritas, ou salgadinhos fritos, refrigerantes, um docinho de sobremesa... E aí não há como evitar o surgimento da pança

Outra razão relevante para a "chubbização" da população é a proliferação de opções de junk food que acontece hoje em dia. Não sei como as coisas funcionam no resto do país, mas por aqui um negócio do ramo alimentício só dá certo se ele envolver muitas calorias e poucos nutrientes. Doces, pizzas, massas, empadas e por aí vai. Com cada vez mais opções para escolher entre comidas que são, sim, gostosas, mas pouco saudáveis, é difícil pensar em saladas, iogurtes naturais e coisas envolvendo soja.

 
O peso está em libras, engraçadinho

O pouco tempo livre também dificulta a prática de esportes. Você pode até não concordar comigo, mas não é todo mundo que pode dispor de uma hora inteira para fazer uma caminhada, dar uma corrida, jogar um futebol com os amigos. Tem gente que tem dois empregos, tem gente que trabalha e estuda, tem gente que estuda em tempo integral, tem gente que trabalha e cuida de filho... E, faltando o tempo, não há esporte, ou seja, não há boa forma, e o infarto agudo do miocárdio fica cada vez mais próximo.

Mas o que mais me aborrece mesmo, o que me fez escreve esse texto, é o preço das comidas ditas "saudáveis". Se você quer entrar na onda natureba de comer cereais, grãos disso, sementes daquilo, óleo daquilo outro, esteja preparado para desembolsar uma boa quantia em dinheiro. Fui em uma loja dessas (que mais parecem loja de ração pra animais, porque só tem grão, ração etc) e fiquei apavorado com os preços das comidas "zero". Um pacotinho de um chá qualquer custava quase 10 reais. 10 REAIS! Dá pra comprar seis litros de Coca-Cola com 10 reais. E esse é só um exemplo.

Você, amigo, que quer se livrar dos quilinhos a mais e da barriguinha nada sexy, siga alguns conselhos dados por 10 em cada 10 nutricionistas. Primeiro, coma o dia inteiro: de três em três horas, coma uma fruta, um biscoito (integral, que nutricionista é cheio dessas frescuras), tome um suco. Parece que isso faz com que você acabe, no fim das contas, comendo menos. Segundo, corte doces, frituras e refrigerantes. Parece difícil, eu sei. Pra mim, é quase impossível. Mas com força de vontade, dá pra fazer isso e perder uns bons quilos. Terceiro: beba bastante água. Pode ser água de coco, água mineral, só não pode ser daquela água que o passarinho não bebe. E último, mas não menos importante: pratique alguma atividade física. Largue o Playstation, o computador e a televisão e vá fazer uma caminhada, correr um pouquinho, bater uma bola com os amigos... O seu corpo é um só e tem prazo de validade. Cuide bem dele, ou ele vence antes da hora.

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